Eugenio Prati – Biografia Português

Eugenio_Prati

1842 27 de janeiro: Eugenio Prati nasce na Itália na cidadezinha de Caldonazzo no Trentino, de família abastada. Primeiro de dez filhos, o pai, Domenico, é geometra e tem como propriedade terrenos. A mãe, Lucia Garbari, tem família senhoril e é parente do Tullio Garbari, pintor de arte sagrada de estilo primitivista.

1854 Vai para Veneza e freqüenta os cursos de pintura da “Academia de Belas Artes”. É aluno do retratista Michelangelo Grigoletti, do classicista Pompeo Molmenti e do pintor austríaco Carl von Blass. Aprende as regras acadêmicas que aplica com sucesso aos seus trabalhos escolares. No dia 19 novembro de 1959 Domenico Prati escreve ao filho: “Tive satisfação em ver os teus trabalhos expostos na Academia e premiados com a medalha de prata tanto em ornamento como em figura. Este resultado é o melhor prêmio que você poderia dar aos teus pais como retribuição por tudo aquilo que fizeram para dar uma boa educação aos próprios filhos. Não vai se perder depois destes primeiros bons resultados nesta difícil caminhada que você trilhou, ainda mais, você bem sabe, quanto caminho tem ainda que fazer para ser um artista de fama, mas que tudo isso te sirva só para dar coragem para ir para frente com força e para superar todas as dificuldades que você encontrará nos estudos. Não se deixe levar pelas adulações e os elogios e com educação agradeça as pessoas que vão te comprimentar você pela tua premiaçao”. Nasce naqueles anos a curiosidade para o estudo da verdade e para a pintura ao ar livre que foi própria dos artistas do Veneto.

1866 Vai para Florença aonde se inscreve na Academia das Belas Artes. Faz os cursos de pintura do ticinese (Suiça) Antonio Ciseri, expoente de relevo do tardio purismo toscano e perto dos temas religiosos. Tem costume de ir ao Café Michelangelo, lugar aonde se encontram os pintores “machiados”.

1867 A morte do Domenico Prati deixa a família em grande dificuldade econômica. Com a ajuda do barão Don Giovanni a Prato e da comunidade trentina, Eugenio continua os estudos em Florença. Com a morte da senhora Lucia Garbari Prati, ocorrida alguns anos depois, os irmãos do pintor continuaram a morar no Molino di Caldonazzo com as suas tias.

1868 Trabalha sobre um quadro para apresentar no concurso trienal da Academia de Florença. No dia 20 dezembro recebe uma medalha de ouro e 1.200 Liras pela obra “Michelangelo incoraggia il giovane Baroccio”. No banquete oferecido pelos amigos, Giovanni Prati, apresentado da Giosuè Carducci “o só verdadeiro e rico poeta da segunda geraçao dos românticos na Itália”, faz um discurso na honra do artista, seu compatriota. Naquela ocasião estavão também presentes os poetas Aleardo Aleardi e Andrea Maffei.

1869 Participa da “Esposição Promotrice de Genova” com o General Garibaldi in Milazzo. Pousa para a figura de São João Evangelista na “Deposizione di Cristo” do mestre Ciseri (Locarno).

1870 Conhece a condessa trentina Virginia Alberti Poja e a filha, a baronesa Giulia Turco Turcati, em uma visita ao mestre Ciseri. No verão foi hóspede deles em Sopramonte, un lugarejo que fica na estrada entre Trento e a montanha do Bondone. A mansão das baronesas é um lugar de encontro para artistas letrados e músicos. Prati freqüenta a família Turco Turcati em Trento também. Nasce uma forte relaçao epistolar com a baronesa Giulia.

1871 1º de novembro: Recebe um ordenado artístico de 500 fiorini por ano por parte do Governo di Innsbruck (Austria). O ordenado, que foi pedido por Prati através de uma carta emitida no dia 29 agosto 1871, será concedido nos anos seguintes somente se o artista for capaz de demonstrar o seu progresso como pintor. Pinta o retrato do escultor Andrea Malfatti, hoje propriedade do Município di Trento (Museo d’arte moderna e contemporãnea di Trento e Rovereto).

1872 Na “Esposizione Solenne di Belle Arti” organizada em Florença na Mostra Nazional di Milão apresenta “Donna romana”, um estudo do verdadeiro.

1873 A pedido do engenheiro Saverio Tamanini, pinta Sant’Adalberto para a capela da Mansão Bernardelli de Trento.

1874 Estuda em Roma e fica em companhia da Isabella, sua irmã. Freqüenta a baronesa Giulia Turco que também está em Roma com a mãe Virginia. Trabalha sobre a “Immacolata” para a capela do Collegio Arcivescovile di Trento.

1875 Cerimonia para a Immacolata feita para a Igreja de Strigno na Valsugana. Conhece Ersilia Vasselai di Agnedo. Trabalha sobre o S. Antonio para a igreja deLasino por conta da contesa Maria Bassetti.

1876 O conde Lodron solicita o S. Josè para a igreja di Villa Lagarina.

1877 Na mostra de Milão de Belle Arti expõe “Sequestro di mobili in una famiglia civile”. Os primeiros elogios da critica (só sendo cego e sem alma para não ficar parados na frente daquelas sublimes criações que parecem ter vindo da uma mão sobrenatural” – Gazzetta di Trento, 10 agosto 1878). Se afasta da rigidez acadêmica e dos motivos tradicionais em favor dos assuntos sobre as pessoas socialmente menos afortunadas. Pinta “Piccola mendicante” premiada com a medalha de bronze na exposição de Florença e comprado pelo Governo para a Galeria Nazional de Arte Moderna de Roma.

1878 5 de maio: Batista Dosso publica sobre “La Valsugana” um soneto inspirado no quadro “Sequestro”.

1879 26 de maio: Casa com Ersilia Vasselai. O casamento é celebrado por Don Giuseppe Grazioli, tutor da Ersilia, que é orfa. Acaba o período florentino, muitas vezes interrompido pelas viajens para Caldonazzo, Sopramonte e Trento. Muda com a própria esposa para Agnedo. O casamento com Ersilia possibilita ao pintor uma boa situação econômica que permite ser livre para pintar os seus quadros sem ter obrigação de fazer pinturas com motivos religiosos ou de história.

1880 Participa da “Esposizione Solenne di Firenze” com quatro obras, entre essas: “Amore non invecchia” e “Vittoria Colonna visita lo studio di Michelangelo”, todas duas em concurso.

1881 Participa da “Esposizione Solenne di Firenze” con sete obras. Na Mostra Nacional de Milão apresenta cinco quadros, entre esses: “Istruzioni della nonna” que foi comprado por 1.200 liras por um senhor de Londres. A Imperatriz Sissi visita a esposição e admira “Nozze d’Oro”. Nasce a filha Raffaella.

1882 Na Esposição de Milão apresenta “Divorzio” e a primeira versão di “Studio e lavoro”. Participa con dois quadros na “Promotrice di Firenze”.

1883 No “Salon di Parigi” apresenta “Nozze d’Oro” e “Abbandonata”. Na Mostra Nazional de Roma expõe com sucesso cinco quadros. Os jornais escrevem particularmente sobre o quadro “Uva”.

1884 Nasce o filho Angelico. O quadro “Nozze d’oro” é premiado com a medalha de prata na Esposição Internacional de Nizza. Na Mostra Nacional de Torino expôe sete quadros, entre esses: “Idilio” e “Uva” muito apreciados. Pinta “Cristo morto”, unico quadro com tema religioso durante a estadia em Agnedo. Presenteia o quadro aos frades Francescani de Borgo Valsugana que todas as semanas o convidavam para almoçar.

1885 Elogio de Luigi Chirtani do “Corriere della Sera” para o quadro “Timore” exposto na mostra di Brera.

1886 25 de abril: A “Società per le Belle arti ed Esposizione Permanente di Milano” inaugura a sua nova sede. Na mostra feita na ocasião, “Uomo che piange è preso” foi comprado da “Società” que o sorteia para um dos sócios. Expõe três quadros na mostra anual de Brera. Participa também da exposição organizada pela “Società Promotrice di Genova e di Firenze”. Nasce o filho Guido.

1887 Na “Esposizione Nazionale di Venezia” obtém um grande sucesso com os seis quadros. Morre o pintor realista Giacomo Favretto. No enterro Prati carrega o corpo do amigo. Na “Esposizione della Permanente a Milano” a Sociedade compra “Sono soldato”, entregue depois a um dos sócios por sorteio.

1888 12 maggio: Londres inaugura a “Esposizione Italiana di Belle Arti”. Prati participa com “Nozze d’Oro” e com outros dois quadros. Na “Esposizione Nazionale di Bologna” apresenta “Nozze in Val Tesina” e “Time is money”, já descrito nos jornais por ocasião da “Mostra Nazionale di Venezia” do 1887. Por sugestão do pintor histórico Stefano Ussi, la “Regia Accademia fiorentina delle Arti del Disegno” nomeia Prati membro honorário.

1889 Faz o retrato de Don Giuseppe Grazioli que agora está no “Museo Storico di Trento” (propriedade do Município). Muda-se para Veneza para trabalhar sobre o quadro “I primi fiori a Venezia”.

1891 Expõe com bons resultados na “Prima Triennale di Brera”. Na “Mostra della Permanente”, o quadro “Girovaghi” é comprado pela “Sociedade” que dá por sorteio ao “Consiglio Provinciale di Milano”. No inverno participa da “Esposizione Nazionale di Palermo” com “Pesche e uva” e com “Un raggio di sole”.

1892 Maio: O quadro “I primi fiori a Venezia” vem exposto na sala grande do Município de Trento antes de ser mandado na “Feste Colombiane di Genova”.

1893 Se muda com a família para Trento a fim de permitir aos filhos Raffaella, Angelico e Guido de continuar nos estudos. Na própria casa da Rua Grazioli começa uma pequena escola de pintura. Triunfo de “I Primi fiori a Venezia” na mostra mundial de Chigaco: O quadro ganha a medalha de ouro.

1894 Na “Seconda triennale di Brera” vende “Amore e Uva”. Pinta a grande pala do altar dos “Santi Cosma e Damiano” para a Igreja da Vela de Trento.

1895 28 de abril: Veneza inaugura a Primeira Exposição de Arte. Prati apresenta “Solitudine” e “Prendete!” (Museo d’Arte Moderna e Contemporanea di Trento e Rovereto). Expõe “La Posta del villaggio” na mostra anual da “Permanente di Milano”.

1896 Trabalha sobre o “Sagrado Coração” para a igreJa de Sopramonte. O Imperador da Austria, Francesco Giuseppe, compra o quadro “Nozze d’Oro” que agora está na “Osterreichische Galerie Belvedere di Vienna”.

1897 Permanece em na casa do Conde Antonio Pizzini e transmite ao amigo lições de pintura. Na “Terza Triennale di Brera” expõe “I primi fiori a Venezia” e um retrato do conde Pizzini.

1898 “Mater Admirabilis” e “Riposo in Egitto” são premiados na mostra de Arte Sagrada organizada em Turim. Na Primeria Exposição Italiana das Bellas Artes de S. Pietroburgo vende “I primi fiori a Venezia”.

1899 Pinta “Scintilla elettrica” para a Exposição de Belas Artes de Como, organizada em homenagem a Alessandro Volta. Nesta ocasião apresenta outros quatro quadros. Homageia o “Piccolo Studioso” ao “Circolo artistico di Como”.

1900 “Mater admirabilis” é novamente premiado desta vez na mostra das Belas Artes de Gorizia. Na Esposição Nacional de Verona, a “Società di Belle Arti” compra “Studio e lavoro” que é doado a sócia Antonietta Camuzzoni Panizzoni.

1902 Na “Esposizione Annuale di Primavera della Permanente” apresenta “Piccolo cantiniere” depois doado pela família ao “Comitato” em honras do escultor trentino Alessandro Vittoria. O quadro é do Município de Trento e está no “Mart”.

1903 Na Esposição Internacional de Vienna vence a Medalha de bronze por uma colmeia que tinha inventado.

1906 Por ocasião da inauguração do novo passo do Sempione, Milão organiza uma importante exposição internacional de Belas Artes. Prati expõe três quadros, entre esses “Poesia della montagna”, já mostrado em Monaco em 1903 e de propriedade do Municipio de Trento (Mart).

1907 8 marçoo: Depois de uma doença fulminante morre a Caldonazzo com 65 anos de idade. Em junho a “Società Filarmonica di Trento” em sua memória organiza uma mostra nos próprios salões.

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Bibliografia

Colaborazioni di Alberto Pattini

Per ricevere o dare informazioni scrivere a.pattini@libero.it

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